Fomos recebidos pelo cacique Daniel que falou sobre a história, os costumes e as crenças do seu povo. Uma das peculiaridadesque o pajé relatou foi à dança Toré, que se inicia com os participantes dando as mãos e formando um grande círculo, como numa "corrente" de oração. Aqueles que dançam seguem os comandos dos chamados “puxadores” de Toré, geralmente o cacique ou o pajé. O canto é acompanhado pelo som das maracás e muitas vezes conta com a batida de tambores que ficam no centro da roda. É nesse momento que, segundo contam os narradores, a mangueira chora. Dizem que o clamor dos índios escravizados no passado é tão forte que, ao “brincar o Toré ”, debaixo da árvore chove. Para o antigo pajé Pitaguary, seu Zé Filismino, a chuva nada mais é do que o choro da mangueira.O ritual se completa com a ingestão de uma bebida, que é servida para todos os membros num único recipiente e que sempre deve girar em sentido horário.
O cacique Daniel relata que os pitaguarys no passado utilizavam a lingua Tupi, porém desde a época de seus avós já se falava português. Segundo ele, quando os pitaguarys passaram a ter um maior contato com agentes do governo já nessa época o tupi não era muito utilizado e era, até mesmo, falado errado. Assim, os índios foram gradativamente incorporando o português a seu modo de vida.
Segundo o pajé, a religião na Tribo depende de cada pessoa. Segundo ele, existem católicos que praticam arduamente o religião, indo a igrejas e cultuando sua fé. Em contra partida existem pessoas na tribo que dizem que são de determinada crença, mas não a praticam de nenhuma forma. O pajé não critica nenhuma religião, mas em sua opinião o problema está em os índios não reconhecerem suas próprias raízes religiosas. Para ele: “Crente todos nós somos, quem não é crente é porque não acredita em Deus. Eu acredito em Deus, mas minha religião é a “fé”. Os índios são livres para decidir que tipo de religião eles querem, mas se querem viver na tribo devem seguir os costumes e tradições que já existem há muitos anos.”
Além de pescar e caçar, os Pitaguarys sobrevivem do extrativismo vegetal, mineral, da agricultura familiar e do artesanato. O plantio de milho, mandioca, jerimum, feijão, também é feito por algumas famílias, mas dependem da estação chuvosa. O artesanato também engloba um grande número de pessoas, mas tem se mostrado vulnerável ao risco do extrativismo descontrolado.Os índios vendem colares, brincos, e diversos instrumento utilizados por eles.Os colares são confeccionados a partir de sementes nativas.
A criação de animais de pequeno porte como a galinha,porcos, cabra é bastante comum. As alternativas econômicas são poucas, mas os Pitaguarys têm tentado desenvolver pequeno projetos de auto-sustentação com o apoio de órgãos governamentais.
Uma das figuras que destaca a memória na área dos Pitaguarys é a mangueira centenária. Ela representa a mãe natureza que protege, traz paz e conforto. Além disso, ela representa lembra o genocídio dos índios(antepassados), pois naquele pé de mangueira, morreram muitos índios enforcados e famintos.
Concluímos com a visita e este trabalho as crenças, históricos e peculiaridades dos pitaguarys, relatado pelo cacique Daniel. Uma das peculiaridades que aprendemos foi a dança do Toré, que se inicia com os participantes dando as mãos e formando um grande círculo, como numa "corrente" de oração. Aqueles que dançam seguem os comandos dos chamados "puxadores" de Toré, geralmente o cacique ou o pajé. O canto é acompanhado pelo som das maracás e muitas vezes conta com a batida de tambores que ficam no centro da roda. É nesse momento que, segundo contam os narradores, a mangueira chora.
O pajé relatou que os pitaguarys no passado utilizavam o Tupi(a lingua nativa), porém desde a época de seus avós já se falava português. Segundo ele, quando os pitaguarys passaram a ter um maior contato com agentes do governo já nessa época o tupi não era muito utilizado e era, até mesmo, falado errado. Assim, os índios foram gradativamente incorporando o português a seu modo de vida e segundo o pajé "se existia o Tupi nessa época ele foi totalmente eliminado da gente".
Segundo o pajé, a religião na Tribo depende de cada pessoa. Segundo ele, existem católicos que praticam arduamente o religião, indo a igrejas e cultuando sua fé. Em contra partida existem pessoas na tribo que dizem que são de determinada crença, mas não a praticam de nenhuma forma. O pajé não critica nenhuma religião, mas em sua opinião o problema está em os índios não reconhecerem suas próprias raízes religiosas. Para ele: "Crente todos nós somos, quem não é crente é porque não acredita em Deus.
Os pitaguarys estão aumentando sua população, por isso negam a idéia de que os índios "desapareceram" no Ceará. A maioria dos índios sempre morou na TI Pitaguary, alguns apenas mudaram de casa, terreno ou deslocaram-se no máximo para espaços circunvizinhos. Com isso, as família pertencem a uma rede de parentescos bastante particular.
Além de pescar e caçar, os Pitaguarys sobrevivem do extrativismo vegetal, mineral, da agricultura familiar e do artesanato. O plantio de milho, mandioca, jerimum, feijão, também é feito por algumas famílias, mas dependem da estação chuvosa. O artesanato também engloba um grande número de pessoas, mas tem se mostrado vulnerável ao risco do extrativismo descontrolado.
Alunos:Lucimara Rodrigues, Leonardo Bandeira, Bianca Real, Alana Karen.
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