quinta-feira, 30 de junho de 2011

Petrobrás vai produzir Biocombustóvel no Pará

 Petrobras Biocombustível vai investir mais de R$ 900 milhões no Pará até 2018 para produzir cerca de 450 mil toneladas de biodiesel e óleo de palma. Cerca de 150 toneladas vão abastecer o mercado da região Norte com o combustível, outras 300 mil toneladas serão exportadas para Portugal, onde a empresa produzirá o "greendiesel", para abastecer a península ibérica. O cultivo de dendê já começou e crescerá nos próximos anos com a ajuda dos produtores da agricultura familiar. Serão mais de sete mil postos de trabalho gerados e 70 mil hectares de terras plantadas com a palmeira que produz o dendê. "O 'Projeto Pará' produz combustível para toda a região e o ‘Projeto Belém' inclui uma fábrica de óleo que será exportado para a Europa", explicou Miguel Rossetto, diretor presidente da Petrobras Biocombustível. Rossetto, juntamente com o diretor operacional da Petrobras Biocombustível, Jânio da Rosa, em reunião com o governador Simão Jatene e o vice, Helenilson Pontes, garantiu que a empresa pretende implantar o projeto com toda a transparência e segurança ambiental e social. "Estamos reunindo e integrando as comunidades que vão trabalhar com o plantio do dendê", afirmou o executivo.

Através de linhas de crédito e financiamento exclusivo, os pequenos, médios e grandes produtores poderão esperar o tempo necessário para a palmeira dar as primeiras safras. Principalmente o agricultor familiar será beneficiado. "Quando a Petrobras vem para um lugar e para fazer um investimento desse porte, não é para sair tão cedo", afirmou Rossetto.

Pioneirismo - O governador Simão Jatene se disse satisfeito com o projeto, principalmente, porque ele foi responsável, ainda em seu primeiro mandato, por uma experiência pioneira com agricultores familiares do município de Moju. "É muito bom ver que uma ideia que a gente quis desenvolver agora está pegando musculatura e crescendo", afirmou o governador.

Jatene disse ainda que as perspectivas são as melhores possíveis para o futuro dos agricultores dos municípios onde o projeto está se instalando. "É a primeira vez que teremos a possibilidade de integrar o pequeno, o médio e o grande produtor, em um projeto que vai produzir biodiesel para o Brasil e para o mundo", afirmou o governador.

O Projeto Pará será instalado nos municípios de Baião, Mocajuba, Igarapé-Miri e Cametá. O Projeto Belém já começa a funcionar em Tailândia e Tomé-Açu, mas deve se expandir para outros municípios, de acordo com Miguel Rossetto.

Fonte: Agência Pará de Notícias - 25-03-2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

Visita a Reserva Pitaguary

               Na visita, nós, aluno do professor Marcos Vieira e estudantes de Engenharia Ambiental, saímos recolhendo o lixo, em especial os sacos plásticos, que estavam jogados no local. Essa atitude foi feita em prol do meio ambiente, e para a conscientização ambiental através do programa da      Prefeitura de Maracanaú “Lixo zero, saúde mil” que tem como principal objetivo combater a destinação inadequada dos resíduos, de forma a reduzir os riscos à saúde ocasionados pelo lixo.
              Fomos recebidos pelo cacique Daniel que falou sobre a história, os costumes e as crenças do seu povo. Uma das peculiaridadesque o pajé relatou foi à dança Toré, que se inicia com os participantes dando as mãos e formando um grande círculo, como numa "corrente" de oração. Aqueles que dançam seguem os comandos dos chamados “puxadores” de Toré, geralmente o cacique ou o pajé. O canto é acompanhado pelo som das maracás e muitas vezes conta com a batida de tambores que ficam no centro da roda. É nesse momento que, segundo contam os narradores, a mangueira chora. Dizem que o clamor dos índios escravizados no passado é tão forte que, ao “brincar o Toré ”, debaixo da árvore chove. Para o antigo pajé Pitaguary, seu Zé Filismino, a chuva nada mais é do que o choro da mangueira.O ritual se completa com a ingestão de uma bebida, que é servida para todos os membros num único recipiente e que sempre deve girar em sentido horário.

           O cacique Daniel relata que os pitaguarys no passado utilizavam a lingua  Tupi, porém desde a época de seus avós já se falava português. Segundo ele, quando os pitaguarys passaram a ter um maior contato com agentes do governo já nessa época o tupi não era muito utilizado e era, até mesmo, falado errado. Assim, os índios foram gradativamente incorporando o português a seu modo de vida.

           Segundo o pajé, a religião na Tribo depende de cada pessoa. Segundo ele, existem católicos que praticam arduamente o religião, indo a igrejas e cultuando sua fé. Em contra partida existem pessoas na tribo que dizem que são de determinada crença, mas não a praticam de nenhuma forma. O pajé não critica nenhuma religião, mas em sua opinião o problema está em os índios não reconhecerem suas próprias raízes religiosas. Para ele: “Crente todos nós somos, quem não é crente é porque não acredita em Deus. Eu acredito em Deus, mas minha religião é a “fé”. Os índios são livres para decidir que tipo de religião eles querem, mas se querem viver na tribo devem seguir os costumes e tradições que já existem há muitos anos.”

            Além de pescar e caçar, os Pitaguarys sobrevivem do extrativismo vegetal, mineral, da agricultura familiar e do artesanato. O plantio de milho, mandioca, jerimum, feijão, também é feito por algumas famílias, mas dependem da estação chuvosa. O artesanato também engloba um grande número de pessoas, mas tem se mostrado vulnerável ao risco do extrativismo descontrolado.Os índios vendem colares, brincos, e diversos instrumento utilizados por eles.Os colares são confeccionados a partir de sementes nativas.

           A criação de animais de pequeno porte como a galinha,porcos, cabra é bastante comum. As alternativas econômicas são poucas, mas os Pitaguarys têm tentado desenvolver pequeno projetos de auto-sustentação com o apoio de órgãos governamentais.

              Uma das figuras que destaca a memória na área dos Pitaguarys é a mangueira centenária. Ela representa a mãe natureza que protege, traz paz e conforto. Além disso, ela representa lembra o genocídio dos índios(antepassados), pois naquele pé de mangueira, morreram muitos índios enforcados e famintos.

             Concluímos com a visita e este trabalho as crenças, históricos e peculiaridades dos pitaguarys, relatado pelo cacique Daniel. Uma das peculiaridades que aprendemos foi a dança do Toré, que se inicia com os participantes dando as mãos e formando um grande círculo, como numa "corrente" de oração. Aqueles que dançam seguem os comandos dos chamados "puxadores" de Toré, geralmente o cacique ou o pajé. O canto é acompanhado pelo som das maracás e muitas vezes conta com a batida de tambores que ficam no centro da roda. É nesse momento que, segundo contam os narradores, a mangueira chora.

          O pajé relatou que os pitaguarys no passado utilizavam o Tupi(a lingua nativa), porém desde a época de seus avós já se falava português. Segundo ele, quando os pitaguarys passaram a ter um maior contato com agentes do governo já nessa época o tupi não era muito utilizado e era, até mesmo, falado errado. Assim, os índios foram gradativamente incorporando o português a seu modo de vida e segundo o pajé "se existia o Tupi nessa época ele foi totalmente eliminado da gente".

           Segundo o pajé, a religião na Tribo depende de cada pessoa. Segundo ele, existem católicos que praticam arduamente o religião, indo a igrejas e cultuando sua fé. Em contra partida existem pessoas na tribo que dizem que são de determinada crença, mas não a praticam de nenhuma forma. O pajé não critica nenhuma religião, mas em sua opinião o problema está em os índios não reconhecerem suas próprias raízes religiosas. Para ele: "Crente todos nós somos, quem não é crente é porque não acredita em Deus. 

              Os pitaguarys estão aumentando sua população, por isso negam a idéia de que os índios "desapareceram" no Ceará. A maioria dos índios sempre morou na TI Pitaguary, alguns apenas mudaram de casa, terreno ou deslocaram-se no máximo para espaços circunvizinhos. Com isso, as família pertencem a uma rede de parentescos bastante particular.

               Além de pescar e caçar, os Pitaguarys sobrevivem do extrativismo vegetal, mineral, da agricultura familiar e do artesanato. O plantio de milho, mandioca, jerimum, feijão, também é feito por algumas famílias, mas dependem da estação chuvosa. O artesanato também engloba um grande número de pessoas, mas tem se mostrado vulnerável ao risco do extrativismo descontrolado.
Alunos:Lucimara Rodrigues, Leonardo Bandeira, Bianca Real, Alana Karen. 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Percepção Ambiental

Percepção ambiental foi definida como sendo "uma tomada de consciência do ambiente pelo homem" ou seja, como se auto define, perceber o ambiente que se está localizado, aprendendo a protegê-lo e cuidá-lo da melhor forma.
O homem está constantemente agindo sobre o meio a fim de sanar suas necessidades e desejos. Você já pensou em quantas das nossas ações sobre o ambiente, natural ou construído, afetam a qualidade de vida de várias gerações? E nos diversos projetos arquitetônicos ou urbanísticos que afetam as respostas dos seus usuários e moradores? E não estamos falando de respostas emocionais, que dependem do nosso humor ou predisposição do momento, mas da nossa própria satisfação psicológica com o ambiente.
Cada indivíduo percebe, reage e responde diferentemente frente às ações sobre o meio. As respostas ou manifestações são portanto resultado das percepções, dos processos cognitivos, julgamentos e expectativas de cada indivíduo. Embora nem todas as manifestações psicológicas sejam evidentes, são constantes, e afetam nossa conduta, na maioria das vezes, inconscientemente.
Em se tratando de ambiente urbano, muitos são os aspectos que direta ou indiretamente, afetam a grande maioria dos habitantes - pobreza, criminalidade, poluição, etc. Estes fatores são relacionados como fontes de insatisfação com a vida urbana. Entretanto há também uma série de fontes de satisfação a ela associada. As cidades exercem um forte poder de atração devido à sua heterogeneidade, movimentação e possibilidades de escolha.
Uma das manifestações mais comuns de insatisfação da população é o vandalismo. Condutas agressivas em relação a elementos físicos e arquitetônicos, geralmente públicos, ou situados próximos a lugares públicos. Isso se dá na grande maioria, entre as classes sociais menos favorecidas, que no dia-a-dia, estão submetidos à má qualidade de vida, desde à problemática dos transportes urbanos, até a qualidade dos bairros e conjuntos habitacionais em que residem, hospitais e escolas de que dependem, etc.

  • E o que tem a ver percepção ambiental e Educação ambiental?

  • Saber como os indivíduos com quem trabalharemos percebem o ambiente em que vivem, suas fontes de satisfação e insatisfação é de fundamental importância, pois só assim, conhecendo a cada um, será possível a realização de um trabalho com bases locais, partindo da realidade do público alvo.



  • Quais são as formas de se trabalhar percepção ambiental?

  • Diversas são as formas de se estudar a percepção ambiental: questionários, mapas mentais ou contorno, representação fotográfica, etc.

  • Existem ainda trabalhos em percepção ambiental que buscam não apenas o entendimento do que o indivíduo percebe, mas promover a sensibilização, bem como o desenvolvimento do sistema de percepção e compreensão do ambiente.   


  • fonte:educar.sc.usp.br

    segunda-feira, 6 de junho de 2011

    Brasil pode ter matriz energética renovável sem reduzir crescimento econômico

    A matriz energética brasileira pode chegar a 2050 com 93% de fontes renováveis, produzindo o triplo do que é ofertado hoje e considerando a tendência de crescimento econômico. A expansão de fontes de energia eólica, solar, de biomassa, hidrelétrica e oceânica pode garantir 1.197 terawatts-hora, com menor custo de produção e redução significativa das emissões nacionais de gases de efeito estufa.
    O cálculo é do Greenpeace, que apresenta o relatório [R]Evolução Energética: Perspectivas para uma Energia Global Sustentável, durante a 16° Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-16), em Cancun, no México.

    A organização projetou dois cenários para a matriz energética em 2050: no primeiro, o governo mantém o ritmo atual de investimentos em combustíveis fósseis – que abastecem a maioria das termelétricas – e no segundo, o de “revolução”, os recursos seriam canalizados para a expansão das fontes renováveis e ganhos em eficiência energética.

    Se a trajetória de investimentos for mantida, em 2050, 72% da energia brasileira virão de fontes renováveis – a maior parte de hidrelétricas –, 5,3% serão produzidos em usinas nucleares e 21,8% ainda virão dos combustíveis fósseis. No cenário proposto pelo Greenpeace, o percentual de fontes renováveis chegará a 92,6% da matriz, não haverá geração nuclear e o único fóssil utilizado na geração de energia será o gás natural – considerado um combustível de transição – com 7,3% de participação.

    “É possível aumentar a oferta de energia, acompanhar o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] com uma matriz mais limpa. Mas uma evolução não seria suficiente, por isso propomos uma ruptura [do modelo atual], não só na produção como na utilização da energia”, disse o coordenador do relatório e da Campanha de Energias Renováveis do Greenpeace, Ricardo Baitelo.

    A opção pelas fontes renováveis pode resultar em uma redução drástica das emissões de dióxido de carbono (CO2) equivalente (medida que considera todos os gases de efeito estufa) do setor energético previstas para 2050, de 147 milhões de toneladas para 23 milhões de toneladas.

    Além do benefício ambiental, o esverdeamento da matriz poderia reduzir custos de produção de energia no Brasil. Até 2050, a economia pode chegar a R$ 1 trilhão, com o aumento da eficiência energética e a instalação de projetos em áreas distantes do sistema interligado de distribuição. Além disso, apesar do alto custo de implantação, os projetos de energias renováveis não dependem de combustíveis caros para produzir calor e eletricidade.

    “Uma vez que você construiu, o custo de combustível é zero. Diferentemente das térmicas fósseis, em que o custo de construção é de R$ 150 por megawatt-hora (MWh), mas a parte variável, que é a de combustível, pode chegar a R$ 400 MWh. É uma variação muito grande para dizer que ela [a termelétrica] é barata. Ela é barata para construir e deixá-la parada”, comparou Baitelo.

    A geração de empregos verdes e a diminuição dos problemas socioambientais causados pela construção de hidrelétricas também entram na conta dos benefícios da geração por fontes como a eólica e a solar, de acordo com o relatório.

    A transição para uma matriz praticamente 100% renovável é possível, segundo o Greenpeace, e a estratégia para viabilizar essa “revolução” pode ser a mudança na legislação do setor elétrico. Baitelo aposta na aprovação do Projeto de Lei 630/2003, que está em tramitação na Câmara e que prevê, por exemplo, a realização obrigatória de leilões anuais de energia eólica e de biomassa e a criação de um fundo para financiar pesquisa e tecnologia para energias limpas.

    “A legislação abre a sinalização econômica para as indústrias que ainda não vieram para o país, para que a gente passe a produzir equipamentos [de produção e transmissão de energias renováveis] aqui. E há alternativas, como a criação de fundos e mais pesquisa e desenvolvimento, para que a gente domine a tecnologia

    Fonte:Agencia Brasil